Nossa História
O Museu Oceanográfico do Vale do Itajaí (MOVI) é um tesouro científico e cultural. Fundado em 1987 pelo professor Jules Soto, atual curador geral e diretor.
O MOVI se destaca como o maior museu oceanográfico das Américas e o terceiro maior do mundo. Com mais de 38 anos de história, o museu não apenas preserva, mas também revela as profundezas do oceano ao público e à comunidade científica.
Desde sua fundação, o MOVI tem como missão desenvolver coleções de referência que representem a biodiversidade marinha em toda sua magnitude. Essas coleções são fundamentais para pesquisas taxonômicas e biogeográficas, permitindo que cientistas de todo o mundo estudem e compreendam a distribuição e a evolução das espécies marinhas. A dedicação à pesquisa já resultou na descrição de diversas espécies, ampliando o conhecimento sobre a vida nos oceanos e consolidando o MOVI como um centro de excelência científica.
Os museus de história natural, categoria onde se enquadram os museus oceanográficos, levam décadas para serem formados, ao contrário dos demais tipos de museus. A grande dificuldade se dá pelo fato de que seus acervos não são comerciais. Não há baleias à venda nem espécies raras de tubarões no mercado, o que os difere substancialmente dos museus históricos, de arte ou de outros temas específicos onde há um mercado estabelecido para a aquisição de acervos. Portanto, o crescimento de um acervo oceanográfico está sujeito a um grande esforço de campo (percorrendo grandes distâncias pela costa do litoral brasileiro) associado a ocorrências raras e inusitadas que se dão ao longo do tempo.
1976 a 1982
Em 1976 se inicia a coleção particular Jules Marcelo Rosa Soto (JMRS), na Praia do Cassino (RS), que deu origem ao acervo do Museu Oceanográfico Univali (MOVI)
Durante as férias escolares, viajava para a Fazenda Cerro Verde, em São Lourenço do Sul (RS) que era de propriedade de sua madrinha.
Entre 1976 e 1982 são coletados mais de 5 mil insetos e aracnídeos, entre outros pequenos animais.
Em abril de 1982 é instituído um livro de registro (tombo) das peças da coleção JMRS, que passa a ser temática, direcionada apenas à biologia marinha. Todo o restante do acervo foi doado para três museus de Porto Alegre.
1983 a 1987
Nesta fase as coletas e embarques passam para as praias de Imbé e Tramandaí, no RS e na sequência para a cidade de São Leopoldo/RS.
Em 29 de janeiro de 1987 é criado o Centro de Estudos Bio-Ecológicos Costeiros, Limnológicos e Marinhos, o CEBECLIM, Organização Não Governamental que deu origem ao Museu Oceanográfico Univali.
1987 a 1993
Com o crescimento das coleções e trabalhos desenvolvidos na área de Oceanografia, associados à grande inflação da época, ficou financeiramente inviável e manutenção do acervo pela ONG. A solução encontrada foi a institucionalização do acervo.
Então, em 1993, o acervo é trazido para a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) que passa a ser a instituição apoiadora do projeto.
1993 a 2008
Durante os primeiros anos na Univali, o MOVI teve algumas sedes temporárias nas cidades de Itajaí e Balneário Camboriú.
Neste período o foco se concentrou nas monitorias de beira de praia, embarques junto à frota pesqueira e expedições para pesquisa e produção científica. Um trabalho incansável e árduo que proporcionou a formação de um acervo tão expressivo como o do MOVI.
Após ocupar algumas sedes temporárias, em 2008 o MOVI passa a ter sua sede definitiva: o campus da Univali em Balneário Piçarras.
2008 a 2015
Foram anos de revisão, adequação e acomodação de todas as estruturas e coleções do museu. Após isto se iniciaram as obras de implementação da exposição de longa duração, inaugurada em 14 de dezembro de 2015.
A proposta museográfica teve uma concepção inovadora, moderna e sustentável, utilizando em grande parte materiais de baixo custo e de origem reciclável.
2015 a 2025
Em dezembro de 2025 a exposição do MOVI completa 10 anos de abertura ao público, tendo recebido quase 300.000 visitantes, do quais aproximadamente 70.000 foram alunos atendidos pelo Programa Educativo do museu.
Atualmente é o maior museu oceanográfico das Américas e 3º maior do mundo, com uma área total de 4000m² construídos e uma área de exposição de mais de 1000m². Em setembro de 2025 inaugura dez novas alas de exposição, praticamente dobrando sua área expositiva e se consolidando entre os maiores museus oceanográficos do mundo.
