Psicologia da Univali mergulha na cultura guarani durante festival em Biguaçu
Vivência entre acadêmicos e comunidade indígena conecta ciência, ancestralidade e saberes indígenas na Aldeia Yynn Moroti Whera

#PraTodosVerem: Foto de um grupo de estudantes sorrindo, posando em frente a um arco decorado com a inscrição "Casa de Reza Opy / The Traditional House" em meio à mata.Estudantes do curso de Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), dos campi Biguaçu e Florianópolis, participaram do festival Guarani Nheovogaa Regua, realizado na Aldeia Yynn Moroti Whera, em Biguaçu (SC). A visita técnica, conduzida pelos professores Daniela Ariño e Felipe Padilha, promoveu uma vivência imersiva nas tradições, saberes e expressões culturais do povo guarani, entre cantos, danças, teatro, artesanato e rodas de conversa.
O evento, aberto ao público e reconhecido como um dos mais importantes espaços de celebração da cultura guarani em Santa Catarina, tem como propósito revitalizar os laços entre espiritualidade, língua e natureza, pilares da cosmovisão indígena.
Durante a visita, os acadêmicos conheceram a opy, a casa de reza guarani, local sagrado onde o coral entoa cânticos sobre a relação com os quatro elementos da natureza. Proibida no período colonial, a opy hoje resiste como símbolo de liberdade espiritual e reconexão com Nhanderu, divindade que representa simultaneamente Deus e natureza.
#PraTodosVerem: Imagem de uma apresentação cultural com dois artistas sentados no palco em uma casa de reza redonda com teto de palha e iluminação cênica.Aprendizado que nasce do encontro
“A experiência permitiu que os alunos compreendessem, de forma sensível e concreta, como a psicologia se aproxima das dimensões comunitárias, culturais e espirituais da existência humana. O aprendizado vai muito além da sala de aula”, destaca o professor Felipe Padilha, coordenador do curso de Psicologia nos campi Biguaçu e Florianópolis.
O Censo 2022 do IBGE identificou cerca de 21,5 mil indígenas em Santa Catarina, sendo o povo guarani o segundo mais numeroso entre os que declararam uma etnia específica, composto por mais de 3 mil pessoas. A Univali reconhece a importância desses territórios do saber e reafirma seu compromisso com o diálogo intercultural e o respeito às diversidades.
#PraTodosVerem: Imagem externa de uma grande Opy (casa de reza) tradicional Guarani com formato arredondado, teto de palha espesso e rodeada por vegetação sob céu azul.Para a professora Daniela, esta experiência também fortalece um importante resgate histórico. "A experiência foi um espaço importante para que os estudantes pudessem refletir e construir um olhar mais amplo acerca da existência humana para muito além da perspectiva colonial”, afirma.
Cultura viva, identidade em movimento
O festival Guarani Nheovogaa Regua é também um convite à reflexão sobre as formas de convivência e sobre a permanência de um povo milenar que resiste, recria e compartilha sua herança cultural. Em cada gesto, o festival celebra a identidade de um povo que transforma a memória em força vital e a tradição em um aprendizado contínuo.
#PraTodosVerem: Foto de uma mulher com camiseta vermelha sentada em uma banqueta baixa, falando em um microfone sob uma cobertura de palha escura e parede de tijolos.O evento foi realizado entre os dias 4 e 6 de novembro de 2025. Aprovado e executado pelo Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura e da Política Nacional Aldir Blanc, é um ponto de encontro entre gerações, conhecimentos e mundos simbólicos.

- Mais informações sobre o evento no Instagram da aldeia e também com Maria (11 96065-1030) ou Adailton (48 99960-1088)
- Professor Felipe Padilha: felipe.padilha@univali.br



